quinta-feira, 28 de março de 2013

GENÉTICA BACTERIANA

As bactérias possuem material genético, o qual é transmitido aos descendentes no momento da divisão celular. Este material genético não está contido dentro de um núcleo, portanto o genoma deste microrganismo está disperso no citoplasma.
O DNA bacteriano é uma macromolécula em forma de dupla fita e circular, apresenta a propriedade de replicação e transmissão das moléculas hereditárias durante a divisão celular, a replicação é semiconservativa.
Os plasmídios são segmentos de DNA fita dupla, circulares, replicam independentemente do cromossomo, podendo existir na célula como uma cópia única ou várias cópias. Os plamídios podem conter genes para toxinas e para proteínas, ou mesmo genes responsáveis pela transferência do seu material genético entre células.


MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA BACTERIANA

  • Conjugação
  • Transdução
  • Transformação


Conjugação:

É o mecanismo de transferência de informação genéticas que requer contato entre as células. A célula doadora e a célula receptora devem conter a constituição genética adequada para aderirem uma a outra e formarem uma ponte citoplasmática entre as células através da qual o DNA possa passar. Especificamente,  esse processo exige que a célula doadora contenha um pili sexual, que irá estabelecer o contato com os sítios receptores. Esse contato resulta na formação de um par de células relativamente estável e o início da transferência do DNA.





Transdução:

Transdução se refere a transferência de genes de uma célula para a outra utilizando um fago como vetor, sem contato entre as células. Esse evento pode ocorrer de duas formas transdução generalizada e transdução especializada.

Transdução Generalizada: ocorre a clivagem do cromossomo induzida pelo fago, e acidentalmente, fragmentos ao acaso do DNA bacteriano são encapsulados pelas proteínas do capsídeo, no lugar do DNA do fago. Posteriormente, quando uma célula é infectada por este tipo raro de partículas de fago, ocorre a injeção do fragmento de DNA bacteriano para outra célula. Ocorrendo uma recombinção e integração desse fragmento no cromossomo da célula receptora, esta será considerada contendo uma transdução estável.




Transdução Especializada: Na transformação especializada, somente determinados genes, localizados nos cromossomo próximo ao local de inserção do profago, são transferidos. O fago adquire os genes bacterianos por um evento raro de excisão anormal no cromossomo bacteriano. Em geral, uma particula de fago, na transdução especializada, carrega genes do fago e da bactéria ligados em uma única molécula de DNA. Durante a infecção da outra célula, essa molécula mista de DNA se integra no cromossomo da célula receptora por meio de mecanismos normalmente utilizados pelo fago para se tornar um profago.






Transformação: Transformação é a transferência de genes somente de DNA de uma célula para outra, a capacidade da célula se transformar depende de um estado fisiológico celular transitório que permite a passagem do DNA através da membrana. A transformação funciona melhor quando as células doadoras  recptoras são intimamente relacionadas. Mesmo que somente uma pequena porção de DNA de uma célula seja transferida ao receptor, a molécula que deve passar através da parede e da membrana celular do receptor ainda é muito grande. Quando uma célula receptora está em estado fisiológico em que pode captar o DNA doador, é descrita como competente. A competência resulta de alteração na parede celular, tornando-a permeável a moléculas grandes de DNA.



CRESCIMENTO MICROBIANO

FASES DO CRESCIMENTO BACTERIANO

Quando falamos em crescimento microbiano, estamos nos referindo ao número e não ao tamanho de células. Os microrganismos em "crescimento" estão, na verdade, aumentando seu número e se acumulando em colônias.


CRESCIMENTO INDIVIDUAL

Bactérias em sí aumentando de tamanho

CRESCIMENTO POPULACIONA-EXPONENCIAL

Crescimento de todas as colônias, UFC unidade formadora de colônias. Em condições nutrucionais e ambientais adequadas, as quais os microrganismos estão adaptados, a população celular encontra-se numa fase de crescimento equilibrado, a fase de crescimento exponencial. 

CURVAS DE CRESCIMENTO MICROBIANO

Fase Lag (fase de adpatção)

É o período que ocorre pouca ausência de divisão celular. Durante esse tempo, as células se encontram em um estado de latência. Esta população está passando por um período de intensa atividade metabóloca, principalmente síntese de enzimas e de moléculas variadas.


Fase Log (fase exponencial)

A partir de um determinado momento, as células iniciam seu processo de divisão entrando no período de crescimento. Durante esse período, a reprodução celular encontra-se extremamente ativa, e o tempo de geração atinge um valor constante, é o período de maior atividade metabólica da célula.


Fase Estacionária

Em determinado momento a velocidade de crescimento diminui, o número de morte celular é equivalente ao número de células novas, e a população se torna estável. A atividade metabólica de cada célula também decresce nesse estágio, há pouco nutriente e acúmulos de produtos de degradação.


Fase de Declínio


Em determinado momento, a população microbiana entra na fase de morte celular, pois o número de células mortas excede o de células novas. Essa fase continua até que a população tenha diminuído para uma pequena fração do número de células da fase anterior, ou até que tenha desaparecido totalmente. Não Há nutriente.




FATORES NECESSÁRIOS PARA O CRESCIMENTO

Temperatura

A maioria dos microrganismos cresce bem nas temperaturas ideais para os seres humanos. No entanto, certas bactérias são capazes de crescer em temperaturas extremas.
Os microrganismos são classificados em três grupos principais considerando as variações na temperatura de crescimento: psicrófilos temperatura mínima (crescem em baixas temperaturas), mesófilos temperatura ótima (crescem em temperaturas moderadas) e termófilos temperatura máxima (crescem em altas temperaturas).





pH

A maioria das bactérias cresce melhor dentro de variações pequenas de pH perto da neutralidade, entre pH 6,5 e 7,5 essas bactérias são chamadas de neutrófilas. No entanto, algumas bactérias, chamadas de ácidofilas apresentam alto grau de tolerância à acidez e existem as basófilas que atuam em meio básico.


Oxigênio

 Os microrganismos que utilizam oxigênio molecular são capazes de produzir mais energia a partir do uso de nutrientes que organismos que não usam oxgênio. Os organismos que necessitam de oxigênio para sobreviver são denominados aeróbicos, as bactérias que não precisam de oxigênio são denominadas anaeróbias, muitas bactérias aeróbicas desenvolveram, ou mantiveram, a capacidade de continuar seu crescimento na ausência de oxigênio. Esses organismos são denominados anaeróbicos facultativos, porque utilizam oxigênio quando este está disponível, mas, na sua ausência, são capazes de continuar seu crescimento através do processo de fermentação. As microaerófilas são aquelas que só consegum viver com concentrações micro de oxigênios ou na ausência do mesmo.




 














sexta-feira, 8 de março de 2013

Morfologia Bacteriana


Como classificar as bactérias: elas podem ser classificadas de três maneiras cor, forma e arranjo.
Vamos entender como é feito o processo de coloração: Um esfragasso fixado pelo calor é recoberto com um corante básico, a violeta cristal. Uma vez que a coloração impregna todas as células, é denominada coloração primária.
Após um período, o corante violeta é lavado e o esfregasso é recoberto com  iodo. Quando o iodo é lavado, ambas as bactéria gran-positivas e gran-negativas aparecem na cor violeta escuro.
A seguir, a lãmina é lavada com álcool. Essa solução é um agente descolorante, que remove o violeta das células de algumas espécies, mas não de outras.
O álcool é lavado, e a lãmina é então corada com safranina, um corante básico vermelho. As que estavam violeta ficaram com a cor mais intensa, já as que perderam a cor quando foram coradas com safranina ficaram rosa.
Por isso as que ficaram violeta são classificadas como gran-positivas e as que fiicaram rosa como gran-negativas.
As gran-positivas se caracterizam pela sua parede celular mais espessa e rígida de peptideoglicanas e contém ácido teicóicos, já as gran-negativas tem em sua parede celular uma quantidade menor de peptideoglicanas e não possui ácido teicóico.
Forma e Arranjo:
Os cocos normalmente são redondos, mas podem ser ovais, alongados ou achatados em uma das extremidades.
Os cocos que permanecem em pares são chamados diplococos.
Os que ficam ligados em forma de cadeia são denominados estreptococos.
Os que permanecem unidos em forma de cubo, com oito bactérias, são denominados sarcinas.

Aqueles que formam cachos são denominados estafilococos.


Existem também os bacilos que são classificados em :
                                                                          
bacilo 
diplobacilo 

estreptobacilo 
           
cocobacilo 
 Das bactérias em espirais podemos citar:
espirilo 
espiroqueta 
Os que tem a forma de vírgula são chamados:
vibrião
Tanbém temos a classificação dos flagelos:
Um único flagelo é denominado monotríquio
Dois ou mais flagelos em um polo da célula é denominado lofotríquio
Um tufo de flagelos em cada extremidae da célula é denominado anfitríquio
Flagelos distribuidos por toda a célula é denominado de peritríquio

Os primeiros seres vivos: as bactérias

Acredita-se que os primeiros seres vivos eram unicelulares, apresentavam o corpo formado por uma única célula. Essa célula seria estrutural e funcionalmente muito simples, formada por membrana plasmática delimitando o citoplasma, no qual estava presente uma molécula de ácido nucléico. Celúlas assim organizadas chamadas procarióticas fazem parte dos organismos procariontes, bactérias e cianobactérias são um exemplo desses organismos.
A primeira célula eucariótica teria surgido a partir de células procarióticas, que passaram a desenvolver dobramentos da membrana plasmática, tornando-se ainda maiores e mais complexas.
Supõe-se que os primeiros eucariontes eram anaeróbios e que tinham por hábito englobar bactérias, que já tinham a capacidade de realizar a respiração, foram mantidas no citoplasma dos eucariontes, uma vez que realizavam para eles a respiração.
Para a bactéria, essa condição também era vantajosa, pois recebia proteção e nutrientes dos eucariontes. Essa relação simbiótica com benefícios para ambos os indivíduos teria se perpetuado, e essas bactérias teriam dado origem as atuais mitocôndrias.